O valor é referente às declarações recebidas pela Receita emitidas por 772.691 CPFs e 8.673 CNPJs até o final de fevereiro, e levam em conta os números dos primeiros meses do ano.
O valor foi parecido em ambos os meses: R$ 15.323.810 em janeiro e R$ 15.939.120 em fevereiro, totalizando pouco mais de R$ 31,2 milhões.
O valor é mais do dobro registrado em declarações realizadas no mesmo período de 2020, quando brasileiros informaram R$ 13.487.220 em operações com criptomoedas à Receita.
Praticamente a metade dos valores é proveniente de negociações com Bitcoin: R$ 15,08 milhões em janeiro e fevereiro. Em seguida vêm os trades com USDT, stablecoin pareada ao dólar: foram R$ 6,54 milhões no período, indicando possível busca do brasileiro por proteção contra a depreciação do real.
A criptomoeda com o terceiro maior volume de operações declaradas à Receita é a ETH, que acaba de atingir o recorde de US$ 3.100 e somou R$ 3,1 milhões em declarações no Brasil. Na sequência aparece a XRP, que rendeu R$ 1,33 milhões em trades para brasileiros até o segundo mês de 2021.
Os números também envolvem declarações de pessoas físicas e jurídicas que têm ativos em exchanges nacionais ou estrangeiras. A Receita não detalha exatamente quais foram as corretoras mais usadas. Do total declarado, cerca de 83% (R$ 26 milhões) foram transacionados em exchanges nacionais.
Do restante, pouco mais de R$ 1 milhão são provenientes de operações em corretoras estrangeiras, e R$ 1,46 milhões de transações sem uso de exchanges.
As declarações são provenientes do cumprimento por parte de contribuintes com a Instrução Normativa RFB 1.888/2019, que obriga o informe de operações à Receita Federal desde que a operação ultrapasse R$ 30 mil no mês.
Segundo o órgão, os valores divulgados até aqui ainda não trazem eventuais correções feitas pela RFB, portanto são passíveis de erros, seja no preenchimento ou de eventual declaração parcial pelo contribuinte.
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Fonte: Yahoo