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Agora, a mulher pode ir com o sinal vermelho na mão até um dos órgãos de registro e receber auxílio discreto e sigiloso contra as agressões

A campanha ‘Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica’, que veio para ampliar a rede de suporte às mulheres que estão sofrendo com as agressões vindas de quem divide o mesmo teto, acabou de ganhar mais um reforço. Desde ontem (25), os cartórios de todo o Brasil passaram a integrar a lista de estabelecimentos aptos a receber as vítimas e acionar a polícia para registrar a ocorrência. A adesão foi oficializada pela Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg) durante uma transmissão ao vivo sobre o enfrentamento da violência à mulher. Em todo o Brasil, são mais de 13 mil cartórios que devem receber o selo da iniciativa, que é uma parceria da Anoreg com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para incentivar a denúncia aos agressores. Na Bahia, 111 cartórios distribuídos em 57 municípios poderão fazer parte da rede, de acordo com dados da seção regional da Anoreg.

Cada um dos estabelecimentos deverá assinar um termo de adesão se comprometendo a providenciar treinamento adequado para os colaboradores, a fim de prestar um atendimento humanizado às mulheres que comparecerem às repartições pedindo por socorro. O ‘Sinal Vermelho’ foi intensificado visando amparar essas pessoas em situação de desalento, potencializado pelas medidas de isolamento social que vigoraram durante a pandemia; com mais tempo em casa, as mulheres se sentiam ainda mais acuadas a pedir ajuda. Apenas neste ano, 5.801 mulheres sofreram alguma lesão corporal grave dentro da residência e 9.539 receberam ameaças de agressão, segundo a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM), com informações da Secretaria de Segurança Pública; quase 5 mil acionaram o número Respeita as Mina (71 3117-2815) da SPM para pedir algum tipo de ajuda. A Anoreg acredita que todos os tabelionatos devem participar da causa, sobretudo pela relevância para a sociedade.

“Os Cartórios foram considerados serviços essenciais durante todo o período da Covid-19 no Brasil, seja pelos atos de cidadania que praticam, seja pela segurança jurídica que emprestam aos atos pessoais e patrimoniais das pessoas, de forma que usar sua presença em todo o território nacional como forma de atuar na proteção das mulheres, ainda mais fragilizadas neste momento de pandemia, é um papel que não devemos nos furtar”, disse Claudio Marçal Freire, presidente da entidade dos notários. Assim, a mulher que estiver passando por uma situação de vulnerabilidade deve fazer um X em vermelho em qualquer uma das mãos, usando qualquer material (caneta, batom, etc.) e ir até um dos cartórios; o profissional deverá tranquilizar a vítima e acionar a Polícia Militar.

Fonte: Tribuna da Bahia

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